De 100 empresas brasileiras de TI, 42% tem buscado desenvolver soluções em Inteligência Artificial (IA). É um dado expressivo e, de acordo com o Gartner, o valor global de negócios derivados de IA será de US$ 1,2 trilhão neste ano, valor que representa um aumento de 70% em relação a 2017. A estimativa é de que o setor de Inteligência Artificial movimente, em 2022, US$ 3,9 trilhões.
Ainda de acordo com o Gartner, existem três diferentes fontes de geração de valor em negócios de IA: experiência do cliente, nova fonte de renda e redução de custo.
Experiência do cliente
A experiência do cliente é uma condição prévia necessária para a adoção em ampla escala da tecnologia de IA para destravar seu potencial pleno de mercado e capacitar a geração de valor.
Produtos inteligentes representam 18% do valor global de negócios derivados de IA em 2018, mas projeta-se uma redução para 14% até 2022, à medida em que outros tipos de sistema com base em redes neurais profundas (DNN) se desenvolverem. Produtos inteligentes possuem IA embutida neles, normalmente na forma de sistemas de nuvem que podem integrar dados sobre as preferências do usuário a partir de sistemas e interações múltiplas. Eles aprendem sobre seus usuários e suas preferências e hiperpersonalizam a experiência.
Nova fonte de renda
Em 2021, a busca por novas fontes de renda se tornará dominante, uma vez que as empresas terão descoberto o valor de negócio ao utilizar IA para aumentar vendas de produtos e serviços existentes, bem como terão vislumbrado oportunidades para novos produtos e serviços. Desta forma, no longo prazo, o valor de negócios de IA estará relacionado com possibilidades de novas rendas.
Atualmente, os sistemas de automação de decisão utilizam Inteligência Artificial para automatizar tarefas ou otimizar processos de negócios. Eles são particularmente úteis em tarefas tais como traduzir voz para texto e vice-versa, processar formas ou imagens manuscritas e classificar outros conteúdos ricos de dados não prontamente acessíveis a sistemas convencionais. Já que dados não estruturados e a ambiguidade são a base do mundo corporativo, a automação da decisão – conforme esta amadurece – trará enorme valor de negócios para as organizações.
Redução de custo
A Inteligência Artificial promete ser a classe mais disruptiva de tecnologias durante os próximos 10 anos devido aos avanços no poder, volume, velocidade e variedade de dados, assim como avanços nas redes neurais profundas (DNNs).
Nesse cenário, agentes virtuais também permitem que as organizações corporativas reduzam custos de mão-de-obra já que assumem pedidos e tarefas simples de Call Center, serviço de apoio e outros agentes humanos de serviço, enquanto entregam as questões mais complexas aos seus parceiros humanos. Eles podem ainda fornecer estímulo para receitas, como no caso de consultores robotizados em serviços financeiros e vendas em centrais. Agentes virtuais representam hoje 46% do valor dos negócios derivados de Inteligência Artificial e projeta-se um recuo nesse percentual para 26% até 2022, conforme avançam outros tipos de AI.